Porteiro impede invasão de condomínio de SP ao seguir protocolo

O episódio evidencia, mais uma vez, o constante risco que ronda o cotidiano condominial nas grandes cidades e escancara fragilidade estrutural
Na tarde de sábado, 14, criminosos tentaram invadir um condomínio residencial localizado na Rua Guilherme Cristofel, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo
O episódio evidencia, mais uma vez, o constante risco que ronda o cotidiano condominial nas grandes cidades.
Os invasores conseguiram ultrapassar o primeiro portão de acesso. No entanto, a rápida atuação do porteiro — seguindo corretamente o protocolo de segurança — resultou no fechamento imediato dos dois portões da clausura, deixando os criminosos presos temporariamente dentro da chamada “gaiola”.
Sem alternativa, os bandidos arrombaram os portões (foto) e fugiram antes da chegada da polícia. Até o fechamento desta matéria, nenhum dos envolvidos foi preso.
Verdades inconvenientes
O caso expõe algumas verdades inconvenientes:
- Treinamento salva vidas. A postura assertiva do porteiro impediu o pior;
- Clausura bem utilizada funciona — mas precisa de estrutura física resistente;
- Os portões continuam sendo o elo fraco. Muitos condomínios ainda contam com fechaduras e travas vulneráveis ao arrombamento;
- A resposta policial segue lenta diante de crimes em andamento.
Um alerta
Enquanto muitos condomínios investem em tecnologia, poucos investem em processos, rotinas de segurança e simulações reais de crise.
No sábado, o condomínio de Santana escapou de um resultado muito pior graças ao preparo do colaborador.
Mas o alerta fica: o setor condominial precisa parar de terceirizar a segurança apenas para os equipamentos e assumir que a defesa do patrimônio começa na cultura de gestão.
Por Rafael Bernardes, CEO do Síndicolab, e Felipe Faustino, advogado — escritório Faustino & Teles